viernes, 19 de marzo de 2010

Purushatraya Swami na Índia (1 - 14)


Purushatraya Swami na Índia Parte XIII


GOVINDA KUNDA E MADHAVENDRA PURI


Purushatraya Swami (4752x3168)



Purushatraya Swami (3168x4752)


Depois que Krishna levantou a colina de Govardhana e salvou os Vrajavasis do aguaceiro enviado por Indra, este, arrependido, aproximou-se do menino Krishna para implorar por perdão. Para agradar ao Senhor, Indra trouxe a vaca Surabhi-Devi que deu um banho de leite (abhisheka) em Krishna. Krishna então recebeu o nome de Govinda, pois é o protetor e benquerente das vacas (go), gopis e gopas. A história conta que o bisneto de Krishna, Vajranabha, estabeleceu esse kunda (lago) para registrar essa lila para a posteridade.

(foto 01) Govinda kunda, ao sopé da colina de Govardhana.

(foto 02) Cena nos arredores do Govinda Kunda.

Certa vez, o grande devoto Madhavendra Puri, parama-guru (mestre do mestre) de Sri Caitanya Mahaprabhu, chegou a Govinda Kunda e ali permaneceu meditando nos passatempos de Krishna. Ele estava tão absorto em sua meditação que não se dava conta das exigências corpóreas. Num certo momento, um menino aproximou-se dele e disse: “Minha mãe notou que tu estás jejuando a dias e pediu-me que trouxesse um pouco de leite. Por favor, aceite. Aqui nessa vila ninguém jejua. Depois virei recolher minha lota (pote).” Num piscar de olhos o menino sumiu. Ao tomar o leite, Madhavendra Puri não podia acreditar quão delicioso era. Era puro néctar. Ficou, então, meditando: “Que menino tão gracioso. Quando será que ele irá voltar?” No meio da noite, o menino apareceu a ele em sonho e disse: “Eu sou Gopala e estou perdido por muitos anos num matagal perto daqui. Chame o pessoal da vila para que o ajude a encontrar-Me. Faça um templo bem bonito para Mim”. Esse passatempo está detalhadamente descrito no Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila capitulo 4. Em resumo: A deidade foi descoberta, fizeram um maha-abhisheka para a cerimônia de instalação e construíram um templo no alto da colina.

(foto 03) Madhavendra Puri sendo abordado pelo menino vaqueiro que lhe trouxe um pote com leite.

(foto 04) Este é o local em que a deidade Gopala foi encontrada.

(foto 05) O local do aparecimento de Gopala é venerado até os dias de hoje.

(foto 06) Bem perto do Govinda Kunda existe um outro lago, Sankarshana Kunda, que é circundado pela vila chamada Anyora. Nesse local, Nanda Maharaja, a pedido de seu filhinho Krishna, executou o sacrifício à colina de Govardhana, ao invés de dirigi-lo a Indra, como até então tinha sido a tradição. A vila chama-se assim porque quando a colina de Govardhana manifestou uma forma gigantesca de Krishna e comeu todas as oferendas, Krishna só dizia: “Anyora, anyora (Traga-me mais! Traga-me mais!)” E assim mais e mais oferendas foram feitas para satisfazer Krishna. Ao fundo, vê-se a colina de Govardhana e em cima dessa, um templo branco. Esse é o templo em que a deidade Gopala foi instalada. Sri Caitanya Mahaprabhu, quando visitou Govinda Kunda, negou-se subir até a esse templo para não pisar na colina sagrada, pois Govardhana é o próprio Krishna. Por arranjo da Providência, as deidades foram obrigadas a sair do templo e assim o Senhor Gouranga pôde ter Seu darshana. (Ver Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila 18, a partir do texto 23).

(foto 07) Essa é a deidade de Gopala, que passou-se a chamar Sri Nathaji. Devido às ameaças que os muçulmanos estavam a fazer aos Vaishnavas, a deidade Gopala foi confiada a um grande devoto chamado Vithalanatha, filho do grande acharya Vaishnava Vallabhacharya. Sri Nathaji foi instalado na vila de Nathadvara, no estado vizinho de Rajastan. A adoração que é feita a Sri Nathaji é do mais alto padrão devocional. Uma das característica dessa adoração é que Sri Nathaji é tratado como um menino, e existe sempre uma grande fartura de maha-prasada, principalmente doces. É uma das deidades mais famosas da Índia.

(foto 08) Sri Madhavendra Puri é adorado no Govinda Kunda no local em que meditava. Aqui vemos a asana (assento) de meditação de Sri Madhavendra Puri.

A história, então, se segue. Um dia, a deidade Gopala pediu a Madhavendra Puri que trouxesse madeira de sândalo. O sândalo quando raspado, exala um perfume muito agradável, e quando é misturado com um pouco de água e aplicado no corpo, dá uma sensação muito refrescante. Como o verão estava se aproximando, Sri Gopala queria também aliviar-se do calor. Acontece que não existe sândalo nas imediações de Govardhana. Só existe no outro lado do país. Para satisfazer a deidade, Madhavendra Puri não titubeou e partir para buscar um carregamento de sândalo. Já no caminho de volta, carregando uma pesada carga, ele parou para pernoitar na pequena vila de Remuna, no estado de Orissa, a mais de mil quilômetros de Govardhana. No meio da noite, a deidade Sri Gopinatha do templo local apareceu para o pujari em sonho, e disse: “Eu escondi um copo de maha-prasada atrás de Mim. Ele se destina a um devoto muito especial. Seu nome é Madhavendra Puri. Ele está em algum lugar da vila. Procure-o e dê-lhe esse delicioso leite condensado.” O pujari pulou da cama e foi até o altar para confirmar seu sonho. Dito e feito: havia um copo do delicioso leite condensado escondido atrás das deidades! Saiu, então, pelas ruas gritando: “Tem alguém aí chamado Madhavendra Puri?” Ao ouvir seu nome, Madhavendra Puri se apresentou e recebeu a misericórdia diretamente de Sri Gopinatha. A partir desse dia, essa deidade é conhecida como Sri Kshira-chora Gopinatha, a deidade que roubou o leite condensado. Depois desse incidente extraordinário, Madhavendra Puri preparou-se para continuar sua viagem de volta a Govinda Kunda, carregando sua pesada carga. Aí, então, Sri Nathaji, o Gopala de Govinda Kunda, apareceu em sonho e disse: “Meu querido Madhavendra Puri, estou imensamente satisfeito com seu serviço devocional. Não precisa mais trazer esse sândalo para Mim. Dê-o a Kshira-chora-Gopinatha, pois, afinal de contas, não há diferença entre Ele e Eu.” Sri Madhavendra Puri terminou seus dias em Remuna, onde está situado seu samadhi-mandir.

(foto 09) As três deidades de Krishna do templo de Remuna. Sri Kshira-chora-Gopinatha é a do meio.

(foto 10) Esse é Sri Gopala, a deidade pratibhu (substituta) de Sri Nathaji, que é adorada atualmente em Govinda Kunda.

(foto 11) Mais uma bela ilustração de Sri Nathaji, no estilo de arte devocional do Rajastan.

Purushatraya Swami
e-mail: psw...@goura.com.br

Purushatraya Swami (Adi Templo SP 31.01.2010)
Feb 14, '10 10:58 AM

fotos por Ricardo Alexandre



Purushatraya Swami


Purushatraya Swami na Índia Parte XIV

VARSHANA, a Terra de SRIMATI RADHARANI


Srimati Radhika apareceu nesse mundo numa vila chamada Raval, que fica ao sul de Mathura, perto de Gokula. Quando Krishna ainda era uma criancinha, Nanda Maharaja resolveu mudar-se de Gokula, que é parte da floresta Mahavana, e estabelecer-se ao norte de Govardhana, na floresta de Vrindavana. Esse local passou-se a chamar Nandagrama. Assim que isso ocorreu Vrishabhanu Maharaja, pai de Radharani, mudou-se de Raval e estabeleceu-se em Varshana, a uns dez quilômetros de Nandagrama. A mãe de Radharani chama-se Kirtidá Devi; Sua irmã, Ananga Manjari e Seu irmão, Sridhama Sakha. Em Varshana, tudo lembra Srimati Radharani. É uma dos lugares de peregrinação preferidos dos Gaudiyas Vaishnavas, seguidores de Sri Caitanya Mahaprabhu, e também de outras linhas Vaishnavas que adoram Sri Sri Radha-Krishna.

(foto 01) Srimati Radharani é a personificação de Maha-bhava, o mais intenso sentimento de amor por Krishna. Não podemos pensar em Radharani sem considerar a intensidade de Seu amor por Krishna em separação e saudade. “Um mero instante de separação de Govinda parece como se fossem yugas”, dizia Sri Caitanya Mahaprabhu, que, embora seja a manifestação do próprio Senhor Krishna, viveu os mais íntimos êxtases devocionais de maha-bhava sentidos por Srimati Radharani.

(foto 02) Uma vista parcial da vila de Varshana.

(foto 03) Em nossa visitação aos locais de peregrinação em Varshana, nos deparamos com esse grupo de crianças de uma escola pública da periferia da vila a cantar canções devocionais glorificando Radha e Krishna. Dava gosto de ver os meninos e meninas tão compenetrados e comportados a cantar canções devocionais tão belas...

(foto 4) Esse lugar aqui chama-se Sankari Khor. É uma estreita passagem, que dá para passar somente uma pessoa de cada vez. Sankari Khor liga uma vila chamada Citsauli à vila de Varshana. Essa vila Ciksauli é o local de nascimento de Citra Devi, uma das ashta-sakhis, uma das oito gopis mais íntimas de Krishna. Assim como no Dana ghati de Govardhana, o Senhor Krishna, juntamente com Seus amiguinhos, costumavam executar o passatempo de cobrar pedágio das gopis. Sankari Khor era um local ideal para isso.

(foto 05) Krishna e as gopis em plena negociação sobre a questão do pagamento do pedágio. Parece que não havia tal coisa como preço fixo...

(foto 06) No alto da colina vemos o Mana Mandir. Mana, aqui, não significa “mente”. Mana é um dos estágios de madhurya-prema, prema na rasa conjugal. Ele ocorre quando, em meio aos relacionamentos amorosos, surgem briguinhas e birras, por ciúmes, mal-entendidos, implicância, etc. Quem nunca ouviu um “ Tô de mal contigo”? Assim, coisas desse tipo... Mas, acontece que, em se tratando do Casalzinho Supremo, esses jogos amorosos, aparentemente triviais, tem muitíssimo mais importância que todo os mais solenes hinos e mantras védicos juntos.

(foto 07) Vrinda Devi esforça-se por conseguir uma reconciliação. Quando isso acontece, prema intensifica-se ilimitadamente. Graças a Sri Caitanya Mahaprabhu e aos Gosvamis de Vrindavana, esses passatempos confidenciais de Radha e Krishna, que são puramente espirituais, podem ser apreciados por nós. Essa meditação purifica a nossa existência e nos atrai a Krishna.

(foto 08) O belo altar de Sri Sri Radha-Krishna no Mana Mandir.

(foto 09) Esse é o majestoso Sriji Mandir, que domina toda a paisagem de Varshana. Esse templo atrai milhares e milhares de devotos. É a atração central de Varshana. O templo é dirigido pelos devotos da sampradaya Vaishnava de Vallabhacarya.

(foto 10) Sri Sri Radha-Krishna do Sriji Mandir. Essa é uma foto rara, pois “Ai de quem for pego ali tirando fotos das deidades!!...”

Purushatraya Swami
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