Parte 1
Purushatraya Swami
Kumbha-mela é o maior festival religioso da Índia e, certamente, do mundo. Este festival acontece em quatro locais de peregrinação: Haridvar, Alahabad, Ujjain e Nashik. Ele acontece de doze em doze anos em cada um desses tirthas, isso quer dizer que de três em três anos acontece um Kumbha-mela nos diferentes lugares de peregrinação. Centenas de linhas espiritualistas que seguem o sanatana-dharma, princípios religiosos védicos, têm a oportunidade de se reunir num local e apresentar para a multidão de milhões de pessoas que lá comparecem suas propostas de vida espiritual e auto-realização. (Nos outros módulos, explicaremos mais sobre o significado desse mela).
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Kumbha-mela é uma rara oportunidade para encontrarmos os sadhus, pessoas 100% dedicadas a auto-realização. Logo ao chegarmos no acampamento da ISKCON encontramos com duas personalidades muito especiais e queridas: Lokanatha Swami e Radhanatha Swami. Na foto, Purushatraya Swami e Lokanatha Swami.
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Os acampamentos que abrigam os diferentes ashramas somem de vista numa área enorme às margens de diversos braços do rio Ganges. A organização desses festivais Kumbha-mela é de uma eficiência impressionante para atender milhões de pessoas ao mesmo tempo. Em todo lugar há eletrificação, água potável, saneamento, segurança, limpeza total e outros serviços.
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No amplo acampamento da ISKCON, a enorme tenda para os programas públicos.
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Devotos e devotas de várias partes da Índia (poucos devotos ocidentais) chegam no acampamento da ISKCON para participar por alguns dias desse grande festival. Geralmente o Kumbha-mela dura, em média, um completo mês. Tudo é calculado astrológicamente. Excepcionalmente, esse festival de Haridvar é mais longo, com uma duração de três meses. Dentro desses três meses, existem quatro ou cinco dias muito especiais. Um desses dias auspiciosos foi em 15 de Março. Chegamos quatro dias antes para evitar os atropelos das multidões.
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Purushatraya Swami dá a aula de Srimad-Bhagavatam no templo de Sri Sri Sri Jagannatha-Baladeva-Subhadra, no acampamento da ISKCON.
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Haridvar é um tirtha sagrado desde a época védica. Imaginem só a tradição desse lugar tão especial. O rio Ganges flui majestosamente pela cidade.
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Em Haridvar, a devoção ao Senhor Shiva é proeminente. Não é, portanto, um reduto Vaishanava importante. A enorme e bela murti de Shiva mostra isso.
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Esse é o famosíssimo local para o banho ritualístico no rio Ganges, chamado Hari Ki Pori.
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Aproveitamos a peregrinação de Haridvar para encontrar velhos amigos. Na foto, Yadu Das, Purushatraya Swami e Badri-vishal Das.
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Este é o agradável e acolhedor ashrama Goloka Dhama, nos arredores de Haridvar, dirigido por Bhadri-vishal Das, discípulo de Lokanatha Maharaj.
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No templo de Goloka Dhama, o belo altar de Sri Sri Radha-Madhava.
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KUMBHA-MELA em HARIDVAR
Parte 2
Purushatraya Swami
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Nos Puranas está descrita a história que deu origem ao Kumbha-mela. Isso ocorreu no princípio dessa criação e está relacionado com o passatempo em que os semideuses e demônios estavam batendo o oceano de leite do jeito que se bate a nata do leite para produzir manteiga. A “batedeira” foi improvisada de uma forma inédita: o Senhor Vishnu apareceu em Sua forma de Kurma-rupa, uma tartaruga enorme. Em Seu casco foi depositada a montanha Mandara e a serpente celestial Vasuki se enrolou na montanha. Os semideuses seguraram o rabo da serpente e os demônios o lado da cabeça. Com um movimento de vai-e-vem, o oceano de leite era batido e dele saíram muitos artigos e personalidades. Entre muitas coisas, dali saiu veneno que foi bebido pelo poderoso Senhor Shiva. Um avatara de Vishnu, Sri Dhanvantari, apareceu com um jarro (kumbha) cheio do néctar da imortalidade, que imediatamente foi cobiçado tanto pelos semideuses quanto demônios. Os demônios se apossaram do kumbha de néctar para o desespero dos semideuses. O Senhor Vishnu, então, apareceu numa encantadora forma feminina, Sri Mohini-murti. Usando de Sua atração feminina, Mohini-murti recuperou o jarro de néctar das mãos dos demônios e entregou-o para os semideuses. No entanto, um dos demônio, Rahu, conseguiu beber um golinho. Mohini-murti imediatamente decepou sua cabeça com sua Sudharshana-chakra. A cabeça de Rahu alcançou a imortalidade e seu corpo ficou sem cabeça (Ketu). Nesse momento agitado em que Mohini-murti sacava dos demônios o jarro de néctar, algumas gotas caíram em quatro lugares desse planeta: em Prayag (Alahabad), no encontro do Rio Ganges com o Rio Yamuna; em Haridvar, no Rio Ganges; e em outros dois lugares, Ujjain e Nashik. Acredita-se que em certas conjunções planetárias esse néctar se manifesta nesses lugares e, assim, faz-se um grande festival, cujo momento principal é o banho nos rios sagrados.
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Aproveitando os dois dias que ainda faltavam para o dia principal do Kumbha-mela, fomos fazer uma rápida visita a Rishikesha, um famoso lugar de peregrinação que fica a uns dez ou quinze quilômetros de Haridvar, rio acima. Lá, o Ganges termina sua descida dos Himalaias e começa seu percurso pelas planícies, cruzando todo o país até se desembocar na Baia de Bengala. A água do Ganges é cristalina e fresquinha. Sua pureza é evidente. O cenário é belo. Em Rishikesha e Lakshman-jula, uma pequena vila três quilômetros acima, existem muitos ashramas e templos. Vemos na segunda foto a ponte pencil que cruza o Ganges em Lakshman-jula.
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Em Haridvar, uma procissão cruza a cidade. Os sadhus carregam grandes flâmulas.
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O swami do ashrama, cercado por seguidores, é conduzido num carro decorado.
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Na cidade, já se nota uma movimentação bem maior que no dia anterior...
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...mas ainda se pode banhar tranquilamente no Ganges, no lugar auspicioso chamado Hari Ki Pori.
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No acampamento da ISKCON, os programas espirituais seguem sua rotina. Cedo pela manhã ainda fria, a aula de Srimad-Bhagavatam.
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Lokanatha Swami e Purushatraya Swami são os palestrantes.
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Em frente da entrada do acampamento da ISKCON, os devotos se concentram e se preparam para um evento muito extático_ harinama-sankirtana pela área do festival.
Não percam a próxima reportagem!
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KUMBHA-MELA em HARIDVAR
Parte 3
Purushatraya Swami
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O Harinama da ISKCON, com cerca de trezentos devotos, percorreu diferentes áreas onde se localizavam os acampamentos de diferentes ashramas e linhas espiritualistas da Índia. Uma coisa que impressiona na Índia é o espírito não sectário dos seguidores do sanantana-dharma, os princípios védicos. Todas as filosofias e linhas religiosas convivem pacífica e harmoniosamente. Muitas delas são, inclusive, bem diferentes entre si. Não se nota o ranço de sectarismo que costumamos ver na religião muçulmana (mesmo entre eles_xiitas x sunitas; Hamas x Al Fatah) e também entre certas vertentes do cristianismo.
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Há vinte e cinco anos iniciou-se na Índia um programa inédito que perdura até hoje: o Padayatra. Um grupo de devotos percorrem todo país, de cidade em cidade, de vila em vila, a pé, pregando e distribuindo livros de Srila Prabhupada. Já deram muitas voltas pelo país, de Norte a Sul, Leste a Oeste. As belíssimas deidades de Nitai-Gourasundara e a murti de Srila Prabhupada são adorados nesse templo itinerante puxado por uma junta de bois. O templo do Padayatra estava presente no Kumbha-mela de Haridvar e acompanhava o Harinama.
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O Harinama-sankirtana é a marca registrada do movimento de sankirtana de Sri Caitanya Mahaprabhu. Essa combinação do Harinama com o templo itinerante no carro de bois marca uma presença bem especial da ISKCON nessa grande concentração do Kumbha-mela. A alegria e entusiasmo dos devotos no Harinama contagiava a todos por onde passavam.
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O Harinama seguia com força total, passando por diversos acampamentos e atraindo a atenção de todos. Num certo acampamento, os devotos foram convidados para entrar e o kirtana explodiu. Outros se refrescavam.
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Esse acampamento era de um ashrama de Ramanandis. Os Ramanandis são uma ramificação da linha de Ramanuja. São Vaishnavas e são devotos do Senhor Ramachandra. São muito populares na Índia. O mahanta do acampamento, Rajendra Swami, muito simpático à missão de Prabhupada, dirigiu palavras cheias de bhakti aos devotos. O Swami impressionou a todos pela sua erudição e alto astral. Embora não seja um Gaudiya Vaishnava da linha de Caitanya, ele glorificou o movimento de sankirtana de Sri Caitanya e surpreendeu a todos quando, no meio de seu discurso, citou de improviso um verso do Bhakti-rasamrta-sindhu de Rupa Gosvami.
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O swami declarou que era uma honra que Srila Prabhupada tivesse visitado seu acampamento. A murti de Prabhupada foi colocada numa vyasasana, que, segundo o swami, nunca tinha sido usada e, a partir daí, ela estaria abençoada.
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Dentre os acampamentos do Kumbha-mela, alguns são bem simples e outros opulentos. Esse grande acampamento de um ashrama dos Himalaias foi muito bem elaborado com materiais naturais: bambu e palha dourada.
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No interior do grande recinto, um interminável agni-hotra conduzidos por brahmanas era executado simultaneamente em 108 arenas!
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Esse é o yogi mahanta do ashrama dos Himalaias que conduzia o agni-hotra_Balak Yogesvara Das. O Das de seu nome indica a orientação Vaishnava.
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Aí vemos a fachada do bem montado acampamento dos Brahma-kumaris.
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Uma das muitas atrações do acampamento dos Brahma-kumaris era esse enorme boneco que respirava, roncava, se mexia, levantava e falava. A princípio estava dormindo em tama-guna. Após receber boas instruções, ficava desperto e iluminado. Bem interessante.
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KUMBHA-MELA em HARIDVAR
Parte 4
Purushatraya Swami
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Não é somente durante o Kumbha-mela que o banho ritualístico no rio Ganges acontece em Haridvar. Durante todo o ano, milhões de peregrinos vêm a Haridvar para se banhar nesse local_ Hari Ki Pori_ considerado pelos hindus como um lugar sagrado de peregrinação.
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Estas cenas foram tomadas na noite anterior ao dia principal do Kumbha-mela.
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Outra cena mostrando uma imponente fachada de um acampamento.
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No interior desse acampamento da linha de Sankaracharya, acontecia uma palestra para uma grande audiência.
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Um swami ancião, patriarca da linha de Sakaracharya, discursa para a platéia atenta.
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Bem cedo pela manhã, no dia principal do Kumbha-mela, o povo se concentra nos ghats de banho às margens do rio Ganges.
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Também cedo pela manhã, os devotos da ISKCON vieram em Harinama até Hari Ki Pori para o banho no Ganges. O mahanta da ISKCON, Lokanatha Swami, liderava o grupo. O título honorífico de “mahanta” do Kumbha-mela é dado ao líder espiritual de uma sociedade espiritualista reconhecida pela cúpula que organiza esses melas. Lokanatha Maharaj recebeu esse título há uns anos atrás graças ao esforço de alguns devotos influentes nesse meio. A missão de Srila Prabhupada é assim reconhecida no reduto mais ortodoxo e tradicionalista do Hinduísmo. Mais uma vitória e glória para Srila Prabhupada.
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Nesse momento tão especial e extático, ninguém liga para a água gelada do sagrado Ganges.
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Nesse dia auspicioso, as escadarias do Hari Ki Pori são reservadas aos sadhus, que chegam aos milhares.
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Tudo isso acontece numa atmosfera muito pacífica e espiritual, sem nenhuma interferência de mentalidade mundana. Apesar das multidões, tudo flui harmonicamente, numa mesma sintonia. Algo assim é praticamente impossível de acontecer em outras partes do mundo. Apesar de todas as deficiência e problemas sociais e econômicos, essa cultura espiritual milenar é a verdadeira riqueza da Índia. Na verdade, essa é a verdadeira cultura. Temos que reconhecer isso.
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KUMBHA-MELA em HARIDVAR
Parte 5
Purushatraya Swami
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Outra grande atração do dia principal do Kumbha-mela, alem do banho ritualístico no rio Ganges, é o desfile dos mahantas. Nosso mahanta, Lokanatha Swami, por humildade, não gosta e não quer participar desse desfile, que, talvez para alguns menos avançados espiritualmente, pode até ser um incentivo ao falso-ego.
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Centenas de mahantas se exibem para o público nas avenidas, acompanhados de alguns dos seus principais seguidores. O desfile é longo e demorado.
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Logo a seguir o desfile, cada grupo se dirige ao local do banho no Hari Ki Pori.
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Eis que de repente, surgiram uns cavaleiros completamente desnudos.
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Logo a seguir apareceram um grande grupo de naga-babas, gritando “Jay Mahadeva! Jay Mahadeva!”, vestidos da forma com que vieram ao mundo e cobertos de cinzas. Os naga-babas são muito respeitados nos Kumbha-melas. Eles tem o direito de passar na frente de todo mundo e serem os primeiros a tomar o banho no Ganges.
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Esse tapasvi mahanta executou a terrível austeridade de manter o braço esquerdo erguido dia e noite. Após alguns anos o braço fica seco, praticamente sem circulação de sangue. No entanto, as unhas continuam a crescer. O tamanho das unhas retorcidas é o sinal evidente dos anos de austeridade que esse baba tem passado. Isso lhe dá muito respeito e prestígio. Que essa moda não pegue por aqui...
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De repente, no meio da multidão, surge, inusitadamente, um devoto sorridente carregando em sua cabeça maravilhosas deidades de Sri Sri Goura-Nitai_ uma rara e refrescante manifestação de Bhakti em meio a um oceano Mayavadi. Nitai-Goura premanande!
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Como puderam ver, alguns grupos são bem informais. Esse aqui é um dos mais comportados e ornamentados.
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Uma Mataji mahanta.
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Kumbha-mela ki jay!
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